GUERRA
Israel confirma autoria de ataque que matou sete membros de ONG na Faixa de Gaza
   

Por Djuliane Fredrich
02/04/2024 15h15

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reconheceu nesta terça-feira, dia 2, que o ataque que matou sete membros da ONG World Central Kitchen na Faixa de Gaza partiu do Exército israelense.

“Infelizmente, no último dia houve um caso trágico em que as nossas forças atingiram involuntariamente pessoas inocentes na Faixa de Gaza. Acontece em guerras, e estamos verificando até o fim, estamos em contato com os governos, e tudo faremos para que isso não aconteça novamente”, declarou o premiê.

O ataque ocorreu na segunda-feira, dia 1º. A organização, criada nos Estados Unidos pelo chef espanhol José Andrés, havia levado uma carga de alimentos por navio ao território palestino horas antes do bombardeio.

Os dois veículos que transportavam as vítimas e que foram atingidos tinham no teto o logo e o nome da ONG desenhados e circulavam sozinhos em uma via de uma área sem conflitos. Em comunicado, a World Central Kitchen frisou que os carros eram blindados e estavam identificados.

As Forças Armadas de Israel também emitiram uma nota nesta terça admitindo a culpa e afirmando que o ataque foi um “trágico resultado” de um bombardeio israelense.

Segundo a World Central Kitchen, entre os mortos há um cidadão do Reino Unido, um da Austrália, dois dos Estados Unidos, um do Canadá e um da Polônia, além de um palestino.

“Este não é apenas um ataque contra a World Central Kitchen, é um ataque a organizações humanitárias que se apresentam nas situações mais terríveis, em que os alimentos são usados ​​como arma de guerra. Isso é imperdoável”, disse o CEO da ONG, Erin Gore.

Em mensagem de vídeo, o porta-voz do Exército disse ter ligado para o chef espanhol José Andrés para expressar “os mais profundos sentimentos”.

O chef espanhol afirmou que a ONG perdeu “diversas irmãs e irmãos em um ataque das Forças de Defesa de Israel na Faixa de Gaza”. “É uma tragédia. Trabalhadores de organizações humanitárias e civis nunca deveriam ser um alvo. Nunca”, disse Andrés.

Ele declarou também que “o governo de Israel precisa parar essa matança indiscriminada, precisa parar de restringir a ajuda humanitária, para de matar civis e funcionários de auxílio e parar de usar comida como arma. Chega de vidas inocentes mortas.”

 

Fonte: O Sul


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