SINIMBU
Sandra Backes anuncia rompimento político com vice Jackson Rabuske
   
Diversas divergências levaram o rompimento na última terça-feira.

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02/12/2022 10h19

  Depois de uma reunião realizada na terça-feira, dia 29, com os vereadores Ruben Preuss e Ricardo Dittberner, a prefeita de Sinimbu, Sandra Backes, anunciou oficialmente o rompimento da coligação que saiu vitoriosa do pleito municipal de 2020. Na época, o DEM (atual União Brasil - fusão com o PSL) coligou com o PL e ainda contou com o apoio do PP na eleição municipal. Porém, depois de um início de gestão com alguma tranquilidade, logo começaram a aparecer divergências.
   A prefeita de Sinimbu, Sandra Backes, disse que discorda, há algum tempo, dos posicionamentos e atitudes do vice-prefeito, Jackson Rabuske. Dentre as questões, citou o fato de Jackson não querer assumir nenhuma secretaria o que, segunda ela, gera um desgaste perante a população e representa uma despesa desnecessária, já que, caso assumisse como secretário, representaria uma economia para os cofres municipais. Outro aspecto foi a demissão do então secretário de Obras, indicado pelo PL, por “falta de transparência e ética” e com indicativo de favorecimento do Vice-prefeito quando estava em campanha para deputado estadual.
  Sandra Backes também disse que cobrou de Jackson Rabuske que não fizesse campanha em horário de expediente e que praticamente teve que impor que ele se licenciasse do cargo. “Ele já estava fazendo campanha sem se licenciar. Eu pedi pra ele não fazer campanha dentro da Prefeitura, em horário de expediente”, destacou. Outro ponto de divergência diz respeito à disseminação de queixas de Jackson Rabuske de que não tinha onde trabalhar. Segundo a Prefeita, isso não condiz com a verdade, porque ele possui uma sala devidamente identificada como Gabinete do Vice-prefeito e com a estrutura disponível. “Ele precisa responder pelos seus atos. Ele vai, sim, ocupar o gabinete dele, que está disponível, porque hoje eu já não confio mais uma secretaria a ele”, afirmou Sandra, deixando claro o rompimento, mas mantendo a institucionalidade do Gabinete do Vice-prefeito.
Contraponto
   Após o rompimento da coligação, o vice-prefeito Jackson Rabuske apresentou o seu ponto de vista em relação aos conflitos dento da Prefeitura Municipal. “Conflitos, quando acontecem com duas pessoas inteligentes, eles acabam criando novas ideias, discussões, novos projetos, enriquecendo o processo dentro do executivo. Mas quando os conflitos acontecem e uma delas não sendo inteligente, é bem complicado e acaba virando em briga”, afirma Jackson.
   Segundo o Vice-prefeito foram vários os conflitos dentro da Prefeitura Municipal que fizeram com que ele esteja esgotado. “Aturei, me baterem a porta em frente de outros servidores, aturei atritos com funcionários e eu não sou este tipo de pessoa e acredito que ninguém é dona da Prefeitura. Então, este tipo de relações, de não aproximar as pessoas, não me servem”, destaca Jackson.
  Quando questionado sobre a queixa quanto a não assumir uma das secretarias, Jackson diz que não é verdade. “Eu trabalhei sempre como vice-prefeito, atuando em todas as secretarias e nunca foi um problema. Mas posso dizer hoje a eles que um não, eles não recebem com bons olhos, apenas querem mandar do jeito deles. E, na minha opinião, também não tem o porque de ter uma coligação. Mas eu, como vice-prefeito, irei continuar fazendo o meu trabalho e farei bem feito, de uma forma diferente, o meu gabinete móvel, que é meu carro, com a minha gasolina e sem gastar dinheiro público, visitando as comunidades e acompanhando as equipes de trabalho”, ressalta Jackson.
   Quanto a posição a ser adotada na Câmara de Vereadores, Jackson afirma que sempre deixou os vereadores terem a autonomia que precisavam. “A posição contrária do partido ao projeto do auxílio-aluguel foi uma decisão dos vereadores e eu tenho o  costume de não me meter dentro dos processos e dentro da Câmara de Vereadores”, reforça Jackson. Jackson também avaliou que os vereadores não precisam ser oposição, mas defendeu que tenham posição. “Quando o projeto for ruim, votar contra. E quando o projeto for bom, votar a favor”, finalizou o Vice-prefeito.
 


   

  

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