No último sábado, dia 20, entramos oficialmente no outono. A estação é caracterizada pelo período de transição entre o verão e inverno, no qual as massas de ar polar começam a adentrar mais pelo continente, especialmente na região sul, sudeste e sul do centro-oeste, diminuindo gradativamente as temperaturas até a chegada do inverno. 
A expectativa é de que a nova estação apresente chuva escassa e temperaturas elevadas. Ou seja, a seca vivida durante os meses de verão deve permanecer. O motivo para que esse panorama se mantenha é o fenômeno La Niña, que provoca o esfriamento das águas do Oceano Pacífico. Como consequência, a água evapora menos, formam-se menos nuvens e, como consequência, há menos precipitação.  

CHUVAS DURANTE A ESTAÇÃO
Mesmo que a ação do La Niña já esteja enfraquecendo, espera-se que o outono fique dentro ou, ligeiramente, abaixo da média de chuva para o Estado, afirmam especialistas .É um momento delicado porque a região vem de um período seco e, infelizmente, essa condição deve se manter as chuvas ficam mais concentradas no Norte do país e que as frentes frias, que carregam instabilidade, não permanecem estacionadas no Rio Grande do Sul por muito tempo. Por isso, a estiagem marca presença no território gaúcho. 
Previsões apontam que os volumes de chuva devem registrar média entre 50 a 350 milímetros de chuva durante outono. Este volumes se tornam preocupantes para o estado, pois o volume que seria esperado para esta época gira em torno de 300 a 500 milímetros.

TEMPERATURA
O outono também é a estação em que os nevoeiros começam a ser mais frequentes por conta das manhãs mais frias. Aliás, na nova estação é comum os dias terem mais amplitude térmica, ou seja, manhãs mais frias e tardes quentes. E isso pode prejudicar a saúde de algumas pessoas, agravar as condições da pandemia que estamos vivendo e trazer ondas de frio que possam prejudicar o milho plantado muito tardiamente. 
Em função da escassez de chuva, as temperaturas ficam bem altas, acima da média, principalmente no final deste mês março e abril, mas o outono fecha com temperaturas dentro da média esperada para a estação. Neste período, devido aos dias de maior calor, há mais chances de o Estado registrar temporal quando se formar precipitação. Os meteorologistas pontuam  ainda que os dias mais frios devem dar as caras somente em junho, já com a proximidade do inverno. Em maio, as simulações mostram uma sequência de ondas de frio entre a segunda quinzena de maio e a primeira quinzena de junho, gerando as temperaturas mais baixas do ano na região Sul.