CULTURA
Histórias de viagens contadas pela professora Rosane
   
Rosane já conheceu 13 países tanto na Europa como na América.

Por Catiéle Vogt
05/02/2021 16h53

Que viajar é uma das melhores coisas da vida (se não, a melhor!), isto todo mundo já sabe. Mas, conhecer diversos países  é uma tarefa difícil de ser completada, por inúmeras razões. Porém, isso não é dificuldade para a professora aposentada Rosane Weigel, que tem um passaporte recheado com carimbos de países viajados, além de diversos estados do Brasil que pôde conhecer ao longo dos anos.
A professora já foi três vezes para a Europa, na sua primeira viagem internacional em 1990 conheceu Espanha, Portugal e França. “Naquela época meu sonho era conhecer  a Cidade de Fátima que fica em Portugal,  já fui duas vezes lá.  Eu disse para minha prima: ‘Vamos até a rodoviária e vamos nos mandar pra lá’, ela era muito mais velha do que eu, mas eu sou mais despachada do que ela, sempre me virei. E como lá o idioma é português era mais fácil,  porque se fosse outra língua seria mais difícil. Infelizmente e felizmente o inglês  domina, todos temos que aprender”, revela.  
Em 2001, Rosane voltou para a Europa,  para conhecer  a Alemanha.  Ela lembra que foram direto para Munique. Permaneceram por apenas um dia em Neufahrn , pois tinham uma viagem  marcada de oito dias pela Europa, na qual visitaram a Suíça, Áustria e Itália.”Fizemos o passeio pelos Alpes Suíços  com um trem chamado Bernina Express, antes de chegar na Áustria, entre a Alemanha e a Áustria tem o condado de Liechtenstein, que é um país independente, um lugar muito bonito, lá tu percebe que quando os lugares são menores não tem pobreza”, explica.
Sobre Veneza, na Itália, Rosane conta que a cidade é muito bonita. Por ser uma ilha, construída em um terreno pantanoso no meio um sistema lagunar, sempre foi adaptada a conviver com oscilações do nível do mar. No entanto, Veneza tem passado por inundações mais intensas e frequentes nos últimos anos, acabando invadindo  moradias, comércio e até mesmo a famosa  praça de São Marcos. Pesquisadores afirmam que provavelmente uma hora ela vai desaparecer. “Em Veneza tem um cemitério  que parece uma cidade cemitério, eu não cheguei a ir, mas falaram que é muito bonito, fica em uma ilha separada e lá é tudo na base de barcos para chegar“, salienta.  
Depois dos oito dias, Rosani e sua amiga Renesi  voltaram para Munique, na Alemanha, pegaram o trem e foram para a Colônia Köln, onde mora Beatriz, amiga de Rosane,  e por lá ficaram cerca de 4 dias. Pegaram outro trem e foram à Mains, onde a sinimbuense Cristine Mueller, recepcionou-as em seu apartamento, almoçaram  e conheceram a cidade. De lá seguiram de trem e foram até Weimar, onde o casal Brenner estava-às esperando.  Após isso, foram conhecer a cidade de Erfurt que fica na Alemanha Oriental,  e depois seguiram para o campo de concentração dos nazistas  da 2º guerra chamado Buchenwald,  que fica 8 quilômetros de Weimar, onde foram mortos 56 mil judeus.”Esse senhor com o sobrenome Brenner,  não foi junto e a Renesi também não entrou, então eu fui sozinha.  Brenner contou que tinha 8 anos de idade na época da 2º Guerra e  que eles brincavam ali onde era o campo de concentração, andavam de bicicleta, subiam aquele cerro, que hoje se chama Blutstrasse (A estrada do sangue). Na época, os judeus subiram por lá para ir até a câmera de gás, onde foram sacrificados”, destaca.  

AMÉRICA
Na América do Sul a professora conheceu o Uruguai, Argentina, Paraguai, Peru e Chile. A viagem que mais a fascinou foi para Machu Picchu no Peru.  “De todas que eu conheci foi a que eu mais gostei, olhando a civilização antiga, pelo conhecimento que hoje se tem e pelo conhecimento que eles tinham, eles tinham uma inteligência fora do comum para construir aquilo”, relata.
A aposentada também teve a oportunidade de conhecer as ruínas de três países, Brasil, Paraguai e Argentina. As ruínas de São Miguel localizada no Rio Grande, São Nicolau no Paraguai  e uma na Argentina. Além disso, Rosane também conhece diversos estados brasileiros, dentre eles o Mato Grosso do Sul, onde viajaram para o Pantanal em 1995. Ela conta que ficaram 7 horas navegando pelo rio Paraná, em cima de uma chalana, pararam em Ladário fica a 8 quilômetros de Corumbá, e lá acamparam no colégio das irmãs.
Apesar de ter conhecido diversos estados aqui no Brasil, Rosane não conhece Manaus. “Meu objetivo era ir ano passado para Manaus, mas como começou a pandemia queria transferir a viagem para este ano, mas também não deu”.

RECORDAÇÕES
Com o avanço da tecnologia, hoje em dia é difícil as pessoas ainda revelarem fotos, pois o celular acabou se tornando o nosso álbum. Mas Rosane,  não abandonou esse costume de revelar fotos e trouxe à nossa redação os álbuns com registros detalhados das viagens. “Ninguém mais revela foto, mas eu gosto de álbuns,  pois você pode ter uma lembrança mais viva daquela viagem.  Nos dias de hoje as pessoas não possuem mais o hábito de revelar fotos, mas é algo que gosto e guardo com carinho”, finaliza.
 


   

  

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