Professores protestam novamente contra projeto de lei
Projeto que tira benefícios adquiridos já tramita na Câmara de Vereadores há três semanas.

Por Catiéle Vogt
23/04/2021 16h26

      Na noite de terça-feira, dia 20, um grupo de 70 professores esteve em frente a Câmara de Vereadores de Sinimbu para protestar  pela terceira sessão seguida, contra o projeto de lei 009/E/2021, que revisa o plano de carreira dos professores da rede municipal.
       No momento, acontecia sessão ordinária da Câmara dos Vereadores de Sinimbu, porém, devido pandemia, os professores não puderam participar, no entanto, os vereadores concederam espaço para que a professora Maria Isabel Raenke Ertel fizesse uso da tribuna, para se pronunciar sobre o projeto de lei, representando todos os professores do município de Sinimbu.
      De acordo com Maria Isabel, a prefeita justifica o PL - Projeto de Lei -, afirmando que o plano de carreira dos professores, já possui quase 20 anos e nunca sofreu nenhuma revisão. “Isso não se confirma, pois sim, o plano de carreira sofreu diversas alterações, inclusive ao corte do difícil acesso a bem pouco tempo, foram 8 alterações entre 2005 a 2017”, revela. 
      Com a aprovação do projeto não seriam possíveis investimentos em recursos como material permanente e de consumo para a manutenção, isso é meia verdade, enfatiza a professora. “Em 2020 mais de meio milhão para investimentos diversos na educação de Sinimbu, e ainda vieram R$400mil do salário educação, mais R$88 mil do programa dinheiro direto na escola e além disso o MEC - Ministério da Educação -  possui ações por meio do FNDE -  Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - para investimento de infraestrutura”, detalha Ertel.
     Maria Isabel comenta que são mais de 10 anos estudando para prestar concurso, entre magistério, faculdade, pós e mestrado. “Conquistamos o direito do servidor público, plano de carreira e o comprometimento com a causa da educação no nosso município.Estão faltando com a verdade, a continuidade do plano de carreira é um direito garantido pela constituição federal e pela lei orgânica do município”, frisa.
     “Quando prestamos concurso público sabíamos quanto ganharíamos ao longo dos anos, mudar essa previsão, reduzindo os salários dos professores significa quebrar a segurança jurídica e a legítima expectativa de valorização dos profissionais, como previsto no plano de carreira de hoje. Colocar um projeto desses em tempo de pandemia é covardia, impede a presença da categoria nesta casa, que é a casa do povo, para estar dialogando com os vereadores”, reforça  a educadora. 
        Ao final da sessão, a professora pede o apoio dos vereadores para que o projeto não seja aprovado. “Vocês são nossos representantes, nossas vozes que ecoam na fala de cada um de vocês, diga não ao projeto de lei, fazem jus aos votos que lhe foram confiados, defendam a causa dos professores e da educação sinimbuense, também acreditamos na sensibilização do poder executivo para que retirem o projeto de pauta”, finaliza. 
           Na internet, há um abaixo-assinado no link url.gratis/rfJFs com 1,8 mil apoiadores. O piso dos professores para 20 horas em Sinimbu é de R$ 1.443,07. O máximo de acréscimo para mudança de classe, conforme o texto do projeto, seria de R$ 400,00 na alteração de E para F, a última possível. 
 

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